domingo, 29 de abril de 2012 | By: Nilson Nobre.

#1 Prólogo: O Segredo de Bonnie.


O vento soprava com violência as folhas das árvores.
A luz da lua era a única iluminação que a floresta possuía, mas lá estava ela, desafiando os limites impostos a seu frágil e delicado corpo.
Ela sabia o que tinha de fazer, ou pelo menos ela achava.
Atravessando a parte densa e úmida da floresta e deixando para trás a escuridão, ela chegou no lugar que deveria. Era um terreno circular de 10 metros de diâmetro no meio da floresta, inclusos nele, haviam três círculos dispostos um ao lado do outro de forma triangular, com uma tocha apagada no centro, que acendeu assim que a garota a mirou.
De repente, acompanhando a tocha, as linhas que delimitavam os círculos acenderam-se em chamas. Dentro do primeiro havia um casaco vermelho de camurça, no segundo três fios de cabelo loiro e no terceiro um coração ainda pulsante.
Angrecton, Ledrion, Amisor, gritou a jovem bruxa.
Naquele instante as chamas se intensificaram, sobrepondo todos os objetos. Meio segundo depois as chamas sumiram e a garota bufou. Agora não havia mais como mudar as coisas. Ela se recompôs e partiu em meio a densa e negra floresta.
Tudo estava concluído. Aquela tinha sido a decisão dela. Bonnie agora teria de aguentar as consequências.
quarta-feira, 4 de abril de 2012 | By: Nilson Nobre.

Resenha Literária #1: A Menina que roubava livros.


Título: A Menina que roubava livros.
Autor: Markus Zuzak.
Ano: 2008.
Editora: Intrínseca.
Sinopse: 
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em A Menina que Roubava LivrosDesde o início da vida de Liesel, na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve.  Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte.  O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena. 

Resenha:

          Como esquecer Liesel, ou melhor, saumensh? Como esquecer Rudy, o eterno saurkel? Dos momentos na rua Himmel? Das grosserias da mamãe? Das noites em que o papai ficava ensinado Liesel a ler no porão? Dele tocando acordeão para ela? Ou das noites que ele passou com ela até que o medo que ela sentia passasse totalmente?
          Todo o livro é magnífico.  A história é linda e memorável. A maneira como Zuzak constrói a história faz você se apaixonar por cada um dos personagens. 
        Na verdade, terminar o livro é uma tarefa DIFICÍLIMA, pois você não quer abandonar a história. 
        Ainda me lembro, como se tivesse sido ontem, do momento em que terminei de ler este livro. Foi mais ou menos em agosto do ano passado. Passei uma semana angustiado e mais três meses com uma saudade desenfreada dos personagens. "A menina que roubava livros", é um dos livros que relerei com absoluta certeza. Quero muito sentir os personagens ao meu lado novamente. Sorrir e me emocionar a medida que a história se constrói.
         Essa história foi a mais emocionante que já li até o presente momento. Deus do céu, o que foi aquele fim? Eu lia cada frase com um nó enorme na garganta me sufocando. As lágrimas brotavam dos meu olhos sem que eu nem percebesse. Eu senti a dor que liesel sentia naquele momento. Era como se eu tivesse perdido membros da minha própria família e tudo que eu queria era poder dar forças a Liesel.
        Em linhas gerais eu super-recomendo o livro a quem deseja dotar personagens para o resto da vida. Essa história vai fazer você rir, chorar e amar. Rir da inocência de uma criança, chorar pelo drama da situação e amar cada personagem como se fossem membros da sua família.

"Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e 
a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não 
soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e 
subestimo a raça humana — que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade 
de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e 
ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes. " 

(Epílogo - Página: 382)


Postado Por: Nilson Nobre.
domingo, 1 de abril de 2012 | By: Nilson Nobre.

Resenha: Hit Me Like A Man EP

              Sei que faz um tempinho desde que postei a última resenha e que faz tempo desde que o ep foi lançado, por isso peço desculpas por não ter postado antes.
              Depois de quase 2 anos sem lançar nada, a banda "The Pretty Reckless" lança o Hit Me Like a Man EP, para dar um gostinho do que está por vir da banda. O EP Chegou a ser o 2º álbum de rock mais vendido no itunes nos Estados Unidos, e 3º no itunes do Canadá. Sem mais delongas, vamos a resenha!

Capa do EP.
01. Make Me Wanna Die (Live): Tão boa quanto ou melhor que a versão de estúdio. Com as versões ao vivo desse álbum, taylor demonstra que ainda é possível existirem artistas que são bons tanto ao vivo, quanto em estúdio. O público eufórico deixa a música mais magnífica ainda, e cá entre nós, sinto um frio na espinha quando ouço a platéia cantar o refrão com a banda. Magnífica! Nota: 5.
02. Hit Me Like A Man: QUE MÚSICA DO C*RALHO!!!Puro rock. A pegada da música é contagiante e viciante. Para mim, Hit Me Like A Man está entre as melhores da banda, a nível de Make Me Wanna Die. A letra da música também é muito bem bolada: "Uns te darão o céu, outros te darão o inferno"; "Me atinja como um homem e me ame como uma mulher". Digna de toda a selvageria e sedução de Make me Wanna Die. Viraria Hit sem dúvida alguma, mas acredito que esse EP seja apenas para dar um gostinho do que está por vir  no novo CD, que se seguir a linha do EP vai ser fodástico. Nota: 5.
03. Under The Water:Sabe aquela música que você se apaixona assim que escuta? E que você se arrepia toda vez que ouve? Foi o que aconteceu e acontece quando escuto Unde The Water. Que música FODA! A melodia é emocionante e ao mesmo tempo pesada. E aqueles gritos que a Taylor dá? Não, sem comentários, foda demais. A letra também é muito triste, o que torna a música mais perfeita ainda: "E quando acordo desse sonho, estou com com correntes a minha volta". Sem dúvida alguma, minha favorita. Nota: 5.
04. Since You're Gone (Live): Faço das palavras que usei para definir MMWD, as mesma para Since You're Gone.Achei a versão ao vivo muito mais foda que a de estúdio, afinal, amo ouvir gritos eufóricos da platéia. Além dos novos acordes de guitarra que implementaram na música. Nota: 5.
05. Cold Blooded: Música muito boa, com uma pegada meio blues, mas mesmo assim, memorável. O tom da guitarra é sedutor do ínicio ao fim. A voz da Taylor está magnífica e a do Ben, guitarrista e backing vocal da banda, é maravilhosa, o cara canta demais. Não me surpreendi com o talento dele, pois já tive a oportunidade de ouvir o trabalho da banda FAMOUS, trabalho dele com o Mark e o Jamie. Música muito boa! Nota: 5.

É isso ai, em breve mais resenhas. Postarei sobre livros em breve!!