terça-feira, 8 de maio de 2012 | By: Nilson Nobre.

Resenha Literária #3: O Diário de Suzana Para Nicolas

Título: O Diário de Suzana Para Nicolas
Autor: James Patterson
Ano: 2011
Editora: Arqueiro
Categoria: Drama/Romance


Sinopse:

Depois de quase um ano juntos, o poeta Matt Harrison acaba de romper com Katie Wilkinson. A jovem editora, que não tinha qualquer dúvida quanto ao amor que os unia, não consegue entender como um relacionamento tão perfeito pôde acabar tão de repente.
Mas tudo está prestes a ser explicado. No dia seguinte ao rompimento, Katie encontra um pacote deixado por Matt na porta de sua casa. Dentro dele, um pequeno volume encadernado traz na capa cinco palavras, escritas com uma caligrafia que ela não reconhece: “Diário de Suzana para Nicolas”.
Ao folhear aquelas páginas, Katie logo descobre que Suzana é uma jovem médica que, depois de sofrer um infarto, decidiu deixar para trás a correria de Boston e se mudar para um chalé na pacata ilha de Martha’s Vineyard. Foi lá que conheceu Matt. E lá nasceu o filho deles, Nicolas.
Por que Matt teria lhe deixado aquele diário? Agora, confusa e sofrendo pelo fim do relacionamento, é nas palavras de outra mulher que Katie buscará as respostas para sua vida.
O diário de Suzana para Nicolas é uma história de amor que se constrói ao virar de cada página. Cada revelação é mais uma nuance sobre seus personagens. Cada descoberta é um fio a mais a ligar vidas que o destino entrelaçou.
Resenha:
Sabe aquele livro que você sente um nó na garganta quando está lendo?
Os momentos de angústia me deixaram assim. Eu lia tudo com lágrimas brotando de meus olhos.
Deus, que livro perfeito.
Faziam mais ou menos uns cinco meses que eu queria ler "O Diário de Suzana para Nicolas", por falta de tempo, só o li "agora". Ainda estou sem palavras, sem ação, são exatamente 17:59 e faz meia-hora que estou tentando defini-lo nessa resenha. Não há como defini-lo é simplesmente fantástico.
A maneira como James Patterson constrói a narrativa fez com que eu me apaixonasse por cada um dos personagens, a dor e a alegria deles se tornaram minhas também.
"Eu te amo meu amor, a gente se vê pela manhã, mal posso esperar." 
(Página 194) 
Nossa, respirei fundo agora. Só de ler essa frase sinto um arrepio.
Esse trecho me fez ver o quanto a nossa vida é curta e como tudo pode mudar num piscar de olhos. Não esquecerei nunca da lição das cinco bolas. Junto aos personagens, pude ver o quanto ela é importante, o quanto ela é aplicada na vida real.
Posso dizer que depois de ler esta brilhante história, não sou mais quem eu era. Ela me fez amadurecer e pensar se todas as minhas preocupações valem realmente a pena. Não é uma sorte?

Postado por: Nilson Nobre.


terça-feira, 1 de maio de 2012 | By: Nilson Nobre.

Resenha Literária #2: Memórias de um Sargento de Milícias



Título: Memórias de um Sargento de Milícias.
Autor: Manuel Antônio de Almeida.
Categoria: Clássicos da literatura Nacional.
Ano: 1863.

RESENHA:

• Primeiramente, eis um pequeno fato: •

Não li esse livro por vontade própria.

           
       Tive de lê-lo para fazer um trabalho de português, e posso dizer que foi cansativo da primeira a última página, sabe quando você lê três páginas e parece que leu trinta? Pronto, para mim foi exatamente assim. É claro que existem certos momentos em que você lê e pensa:  “caramba, até que foi legalzinho”, mas logo você perde essa “luz” que surge ao ler o que está narrado posteriormente.



• Melhor trecho para mim •
“Quando se atacou a lua, a sua admiração foi tão grande que querendo firmar-se nos ombros de Leonardo, deu-lhe quase um abraço pelas costas. O Leonardo estremeceu por dentro, e pediu ao céu que a lua fosse eterna: virando o rosto, viu sobre seus ombros aquela cabeça de menina iluminada pelo clarão pálido do misto que ardia, e ficou também por sua vez extasiado; pareceu-lhe então o rosto mais lindo que jamais vira e admirou-se profundamente de que tivesse podido alguma vez rir-se dela e achá-la feia.
(TOMO I  -  Capítulo XX – O Fogo no Campo)

          Eu não concordo que o aluno deva ser obrigado a ler obras que não o interessam, mas infelizmente isso é necessário.
          Quando minha equipe foi selecionada para ler este livro, me disseram: “É comédia”. Não é querendo ser preconceituoso e blá blá blá mas de imediato respondi: “ ah que ótimo”, ironicamente é claro, pois eu não esperava que fosse algo bom, devido ao tempo que foi escrito e etc.
         Observando o texto de uma forma diferente, foi possível perceber que o autor já tentava descrever ao máximo o figurino dos personagens, dar aspecto aos sentimentos, as características culturais do povo naquele período e é possível identificar também até ditados populares que são usados até os dias de hoje. É claro que houve momentos em que eu tive de buscar no Google o que certas palavras significavam, devido a escrita ser bem arcaica, mas no fim das contas uma palavra define minha sensação perante a leitura: CHATA.
        Tudo que acontecia era muito monótono e extremamente previsível. O fim que o diga, parece até que o autor teve preguiça de fazer uma coisa descente, mas que seja, não estou desmerecendo o trabalho de Manuel Antônio da Almeida, afinal, quem sou eu para fazer uma barbaridade dessas?  Sei também que aqueles tempos eram outros. Há também outra situação que me deixou um tanto decepcionado: O que aconteceu a mariazinha, mãe do Leonardo? Tipo, eu esperava que ela fosse voltar ou que ao menos o autor fosse explicar como ela havia terminado, mas depois que ela fugiu com o cara, ela foi completamente deixada de lado na história. Enfim, não gostei do livro, não recomendo a leitura.

Postado por: Nilson Nobre.

#2 Passos Solitários: O Segredo de Bonnie.


O céu amanhecera nublado naquela manhã em Mystic Falls.
Elena se levantara cansada, a preocupação com o que poderia ocorrer no dia seguinte atrapalhava seus sonhos e isso já havia se tornado uma rotina, afinal, nos últimos dois anos a vida dela havia mudado completamente.
Alongando-se, ela foi até o banheiro e vinte minutos depois, saiu de lá.
– Jeremy!- gritou ela ao esquecer que seu irmão não estava mais ali, ao seu lado. A saudade era enorme e com um nó na garganta, ela interrompeu o chamado. Colocando o cabelo para o lado, ela virou-se para trás e pegou o celular que estava na penteadeira.
Nele haviam três novas mensagens, todas da Caroline.
Aquele era o dia do aniversário da Bonnie e elas queriam fazer algo especial para a amiga, afinal, não é todo dia que se completa 18 anos.
“Estou lembrada sim”, digitou Elena e logo depois clicou em enviar.
Ela desceu as escadas e colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, lembrou-se de pegar o casaco. Estava frio naquela manhã. Elena vasculhou o quarto e por tremenda falta de sorte, não o encontrou.
– Tudo bem, é bom sentir frio às vezes. – falou ela ao jogar de volta a gaveta uma blusa azul que estava em sua mão.
Desceu as escadas novamente, tomou o café da manhã e pondo a mochila nas costas, partiu em direção ao colégio.
•••
Gotas de chuva escorriam das folhas das árvores e batiam suavemente no rosto de Elena. A chuva da noite anterior havia sido forte, com direito a raios e relâmpagos, mas naquele instante tudo estava calmo, e Elena, bem, caminhava lentamente com as mãos no bolso da calça.
Numa fração de segundo, Elena sentiu que estava sendo observada.
Olhando para trás, ela viu um homem alto, com um casaco preto, que por sua vez possuía um capuz que a impedia de ver os olhos dele, na terceira árvore atrás dela, com o braço, aparentemente musculoso, apoiado na árvore. Elena não tinha certeza, mas podia jurar que ele estava sorrindo para ela. Enquanto o observava, ela continuava a andar. Seu corpo tremeu ao trombar em alguém.
– Surpresa, mocinha. – falou Damon ao segurá-la com os dois braços, fazendo-a olhar diretamente para ele.
Ele estava com aquele risinho sarcástico que fazia Elena delirar. Ao ver aqueles belos olhos azuis, ela passou um minuto “hipnotizada”. Ele sabia como provocá-la e estava fazendo aquilo do jeito certo.
Acordando do transe, ela bateu no peito dele.
–Não faça isso de novo. – disse ela.
Ele sorriu novamente e a tocou no rosto, o puxando para a direção dele.
– Essa carinha nervosa, te deixa mais desejável ainda.
Constrangida, Elena empurrou o braço dele e o fitou com um olhar sério. Ele fez um bico e logo após falou:
– Sabia que não é muito seguro andar olhando para trás? Vampiros sedutores podem aparecer na sua frente.
Elena o ignorou, porém olhando lentamente para baixo, soltou um risinho.
– Está tudo bem? – perguntou Damon.
Ela olhou para trás e viu que o homem havia sumido.
– Tudo sim – respondeu ela – A que devo, ou melhor, a quem devo a sua visita? – completou ela se referindo a Caroline.
– A vampira-barbie me pediu para te lembrar que hoje é o aniversário da bruxinha. – Damon fez um bico ironizando a importância do recado.
“Caroline como sempre exagerada!” pensou Elena ao sorrir.
Ela e Damon começaram a caminhar juntos em direção ao colégio. O vento batia neles suavemente. Ambos estavam com as mãos no bolso.
– Só me pergunto o motivo pelo qual você aceitou vir, você sabe que não pode dar corda a Caroline. – falou Elena ao colocar o cabelo atrás da orelha.
Damon olhou para ela franzindo a testa, forçando uma expressão de espanto.
– Você não sabe? Achei que você já estivesse convicta de que eu faria até as atividades mais banais para ficar ao teu lado.
Elena olhou para o lado e sorriu.
– Tudo bem, garanhão. – disse ela. – Já chega.
Ele colocou o braço no ombro dela e sorrindo, com a boca ao lado da orelha de Elena, sussurrou:
–Se você quer assim.
Ela não conteve os arrepios e o empurrou. Ele sorriu, e assim, eles continuaram andando em direção ao colégio, na rua onde era possível ouvir apenas o barulho do vento e dos sapatos deles ao entrar em atrito com o chão.
•••
O tal misterioso homem que observava Elena, estava, naquele momento, a dois quarteirões da casa dela. Tirando o capuz da cabeça ele soltou um sorriso ao sacar o celular do bolso. Seu cabelo era loiro escuro, sua pele era alva e seus olhos eram azuis. Ele discou oito números e colocou o celular ao lado da orelha.
– O que você quer? – perguntou uma mulher de voz doce no outro lado da linha.
Ele sorriu.
– O vampirinho estava com ela hoje. – Naquele instante, ele observou uma mulher de aparentemente vinte e três anos que passara ao lado dele.
A moça do telefone bufou.
– Não queria mais mortes- disse ela por fim. – Sem problemas, Nathaniel, não desfoque do seu objetivo principal. Deixe o resto comigo.
Ela desligou sem dar a ele o direito de resposta.
Virando - se para trás, ele viu que a tal mulher havia parado para se alongar. Ela era morena e vestia uma roupa vulgarmente justa. Ele a fitou. Ela respondeu com um sorriso malicioso.
– Acho que um pouco de diversão não atrapalha ninguém. – disse ele, num tom baixo, ao sorrir e partir em direção a tal mulher.
Ao chegar nela, sem aviso prévio, ele a empurrou com violência fazendo com que ela batesse de costas numa árvore. Ela sorriu, desejando que ele se aproximasse. Ele a agarrou e a beijou, seus corpos estavam colados, um exalando calor para o outro, até que meio segundo depois, os olhos dele adquiriram um tom de dor e vermelhidão.
Ele puxou o cabelo dela para o lado e cravou os dentes em seu pescoço. O que de início era um leve gemido, se transformou num grito agudo de dor que ecoou pela rua vazia. Após matá-la , ele a colocou no ombro direito, limpou o sangue que escorria pelo canto direito da boca com a mão e começou a andar, cantarolando algo parecido com Rolling Stones.